15 de fev. de 2016

Gratidão

Só agradece quem reconhece. 
Quem reconhece, conhece novamente (re-conhece). 
Gratidão é uma dimensão da memória.
A memória do afeto.
Quem agradece faz bem ao outro e também a si.
Agradecer é criar laço é preservar história.
Infelizmente somos ingratos. 
Ingratos escondem a dependência. 

Já percebeu como é fácil culpar e como é tão difícil desculpar? Por que tanta dificuldade de agradecer?

E quando temos obrigação de presentar?
Isso é horrível!
Aí escolhemos o presente grande, aquele que aparece
ou ainda pior, 'catamos' um que recebemos e o 'empurramos' para frente.
Decepcionante mesmo é ouvir: 'o que você está precisando?"
Dá vontade de dizer: nada.
Ou se for politicamente correto: pense em mim. Eu tenho 'cara' de quê?
Onde foi que deixamos a visão da criança?
Aquela de quem pega a folha sem valor e transforma em buquê.
Somos tão insensíveis que perguntamos:
'Por que você está me dando isso menino?"
E a resposta vem com afeto ainda mais desconcertante:
'Porque quero."

Ser grato é ver-se agraciado.
Ser grato é ver Deus no outro.
Ser grato é ser interdependente.

E, por falar nisso,
há quanto tempo você não agradece?
Por que temos tanta dificuldade de dizer 'muito obrigado'?






Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?

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